O Haiti não é aqui

Definitivamente, o Haiti não é aqui. Aqueles que clamam pela intervenção federal no Brasil, pensando em colocar ordem na casa, devem imaginar que algo mudou com as nossas Forças Armadas. Afinal, a tão esperada intervenção militar na segurança do Estado do Rio não consegue obter o sucesso esperado. O Rio de Janeiro, com traficantes, pivetes amparados pelo ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e milicianos, é bem diferente do Haiti. O Haiti não é aqui.

Está certo que as Forças Armadas conseguiram êxitos pontuais em suas incursões. Foram presos de uma vez mais de 150 pessoas, algumas inocentes, que participavam de uma festa organizada por milicianos, apreendidos fuzis e outras armas de diversos calibres. Isso tudo em uma simples festa no fim de semana. Houve troca de tiros. Os culpados ficarão presos sabe-se lá até quando. Advogados já estão em ação.

Mesmo assim, o dia-a-dia do carioca continua recheado de assaltos a motoristas, roubos de carros e celulares, arrastões, roubos de carga nas barbas da polícia com transmissão ao vivo pelo “Bom Dia Rio”.

O que falta, então?

o haiti não é aqui

 

Faltam leis que mantenham os criminosos presos. Não adianta a polícia prender, arriscando a vida de seus agentes, e a Justiça soltar em seguida, cumprindo o que dizem as benevolentes leis brasileiras ou o critério pessoal de algum juiz.

Falta motivar os jovens a estudar para serem alguém na vida. Os exemplos mostram que o crime, o caminho mais fácil e rentável, compensa. E muito. Claro que há os “riscos da profissão”, mas poucos serão descobertos e punidos. As estatísticas estão aí para comprovar.

A taxa de desemprego no Brasil não surpreende, considerando o elevado percentual de analfabetos que, alguns até formados sem saber interpretar um texto ou conhecer a tabuada, procuram vagas no mercado de trabalho. Quem contrataria alguém sem capacidade técnica (não vale dizer que nossa presidenta foi eleita nessas condições)?

O ensino no Brasil tem que atingir a todos, sem distribuição de cotas e deverá haver aprovação mediante exame técnico, como era antigamente. Os professores deverão ser respeitados e devem ser merecedores desse respeito, sendo professores qualificados, não doutrinadores. Disciplina e respeito são fundamentais. Quando o professor entrar na sala de aula, o mínimo que se pede é que cessem as conversas e que todos se levantem em respeito.  Já foi assim na minha época de estudante de escola pública. Isso se aprende em casa, com a família, mas não se pode ensinar o que não se pratica.

A televisão teria um papel importante nessa educação fundamental, mas poucos são os programas que se dedicam a isso. Não há espaço para a cultura. Educação da população não atende aos interesses dos políticos, que dependem da ignorância das massas para continuar no poder, saqueando o Brasil e escravizando um povo que passou a se contentar com migalhas, em total subserviência. Merecemos isso.

Merecemos?

Parece que está mudando!

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