Devemos festejar o primeiro de maio?

Qual o futuro do Brasil? Acordei hoje, 30 de abril, pensando em escrever este artigo. Amanhã o mundo celebrará o Primeiro de Maio, embora talvez fosse melhor, antes de festejar o primeiro de maio, proclamar o fim da corrupção. Adiei um pouco o artigo porque, antes disso, preferi escrever sobre o Código Gravoboi Sou otimista antes de tudo.

O mundo, bem ou mal, avança e progride. O Brasil, pelo que temos visto, continua parado, na contramão dos países desenvolvidos, sem conseguir vencer a inércia. Forças políticas poderosas, que pensam no seu próprio bem estar, pisam no freio e impedem o desenvolvimento do Brasil. Parece mentira, mas é a sensação que tenho. Sabem que o progresso da nação é nocivo para seus planos, que todos conhecemos muito bem.

Devemos festejar o primeiro de maio?

Vivo em um pequeno bairro localizado em uma cidade pequena do Rio de Janeiro, talvez o estado mais saqueado do Brasil. Salários atrasados e desemprego fazem com que a economia caminhe lentamente pela região. O único mercadinho do bairro registra queda nas vendas.  Mesmo em dias de feirinha, quando frutas e legumes são vendidos a preços reduzidos, o movimento já diminuiu bastante. A loja de artigos para agropecuária, onde compro rações para meus gatos e cachorros, já não mostra aquela pujança de antigamente. A proprietária não investe no crescimento do negócio, já que a demanda não acompanharia.

A região onde moro oferece poucos empregos formais e a maioria da população vive de pesca, aposentadoria, bolsa-família ou biscastes, como pequenas reformas e limpeza de quintais nas casas de veranistas. Alguns sobrevivem escrevendo artigos em sites (talvez eu seja o único).

E o Brasil, de um modo geral, está diferente desse cenário? Acho que sim. Há regiões do Brasil que teimam em progredir apesar de tudo. Muitos habitantes da região sul, por exemplo, ao contrário de grande parte dos que vivem no Rio de Janeiro, levam o Brasil a sério. As crianças estudam, são educadas, as cidades são limpas e bem administradas, a economia procura crescer. São vários Brasis dentro de um, embora o governo centralizado mais atrapalhe do que ajude, saqueando, com impostos, a riqueza gerada pelo trabalho da população. Por muito menos aconteceu a Inconfidência Mineira. Claro que no Estado do Rio há bolsões civilizados onde a educação e a cultura prevalecem. Mas são poucos. A maioria das crianças em idade escolar não conhece a tabuada, não sabe ler e entender o que leu, e poucas conhecem ao menos um nome de escritor brasileiro. A pobreza, a violência, o objetivo de levar vantagem em tudo por qualquer meio, lícito ou ilícito, são características que se espalham por todos os bairros e classes sociais. Isso acontece mais no Rio porque o Governo do Estado saqueou os cofres, abandonou a população e transferiu a gestão aos traficantes e milicianos. Situação difícil de ser revertida.

Com a ignorância, sem mão de obra qualificada, aumenta o número de desempregados. Ninguém contrata alguém sem competência (apenas os eleitores brasileiros). Falando nisso, este ano teremos eleições. Esperamos que os brasileiros escolham bem em quem votar e que seu voto seja respeitado e contabilizado corretamente. Sem o voto impresso, possibilitando a recontagem, já sabemos qual será o resultado. Já disseram que o importante não é em quem o eleitor votará, mas quem vai contar esses votos. As urnas eletrônicas venezuelanas fazem isso muito bem #sqn. Só restará, a quem tiver meios financeiros para tal, procurar outro país para viver. E que seja um país capitalista e democrata, claro.

1 Comment

  1. É dura a verdade. Pelo menos quando os veranistas chegam injetam uns trocadinhos
    Se não fosse isso as coisas seriam mais tristes ainda.

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